Quando vi o trailer de O Tarô da Morte pela primeira vez, confesso que fiquei empolgado. A ideia de misturar terror sobrenatural com a mística das cartas de tarô parecia promissora, com potencial para criar algo tenso, misterioso e até original. Mas infelizmente, o que encontrei foi um filme genérico, com pouco a oferecer além de sustos fáceis e um enredo previsível.
A história gira em torno de um grupo de amigos que, ao usarem um baralho de tarô amaldiçoado, acabam despertando uma maldição que os coloca em rota de colisão com mortes anunciadas pelas cartas. No papel, isso até soa interessante. Na prática, o roteiro é raso, cheio de clichês e personagens rasos demais para que o espectador realmente se importe com seus destinos.
Um dos maiores problemas do filme é a direção previsível e a falta de identidade. Parece uma colagem de fórmulas já usadas à exaustão em outros filmes de terror adolescente. O suspense é fraco, o clima é inconsistente e o desenvolvimento dos acontecimentos soa mais apressado do que construído. É como se o filme estivesse mais preocupado em chegar logo nas cenas de morte do que em fazer o público se importar com quem vai morrer.
Visualmente, o filme até tenta entregar algo estilizado, mas nada marcante o suficiente para compensar a fragilidade do roteiro. O próprio uso do tarô, que poderia ser um elemento rico e simbólico, é tratado de forma superficial. Ao invés de mergulhar no potencial místico e psicológico das cartas, o filme se contenta com jogadas óbvias que mais parecem um jogo de adivinhação preguiçoso do que algo realmente assustador.
Se você, assim como eu, esperava um terror instigante, com atmosfera envolvente e um roteiro bem amarrado, provavelmente vai se decepcionar. O Tarô da Morte não é horrível — já vi coisa muito pior no gênero —, mas é esquecível. É mais um daqueles filmes que você assiste, termina e logo depois se pergunta: “Ok, e daí?”
No fim das contas, fica a sensação de uma oportunidade desperdiçada. E em um gênero tão saturado quanto o terror, isso é quase um pecado.
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