Se você, assim como eu, é fã de Sandman, com certeza estava contando os dias para a estreia da tão aguardada segunda temporada. E posso garantir: os dois primeiros episódios vieram com tudo! Adaptando o icônico arco Estação das Brumas, a série já começou com um ritmo intenso, visual deslumbrante e aquele toque filosófico que só Neil Gaiman sabe entregar.
Episódio 1 – Estação das Brumas: Um Retorno Marcante ao Inferno
O primeiro episódio da nova temporada, “Estação das Brumas”, já chega mexendo com as estruturas da família dos Perpétuos. Finalmente temos aquela reunião que tanto esperávamos. Sonho (Morpheus), Morte, Desejo, Desespero e os outros irmãos se encontram, e como todo reencontro de família, mágoas antigas vêm à tona.
Durante a reunião, Morpheus é confrontado sobre uma promessa que fez há séculos: libertar Nada, uma alma condenada ao Inferno por ter desafiado o próprio Sonho. Movido por seu senso de honra — e talvez por um sentimento que ele mesmo tenta esconder — Morpheus decide enfrentar o Inferno mais uma vez. É incrível como a série consegue explorar o lado emocional de um personagem tão poderoso e, ao mesmo tempo, tão falho.
Visualmente, o episódio é um espetáculo. O Inferno é retratado com uma grandiosidade sombria que supera até a primeira temporada. A tensão aumenta ainda mais quando Morpheus descobre que Lúcifer abandonou o Inferno e deixou para ele a chave que controla tudo por lá. E é aí que as coisas ficam ainda mais interessantes.
Episódio 2 – Governante do Inferno: Quem Deve Controlar o Poder?
No segundo episódio, “Governante do Inferno”, vemos Morpheus em uma posição extremamente desconfortável: ele agora detém a chave do Inferno, um poder que todos os seres desejam — deuses, demônios, fadas e criaturas de todas as dimensões.
O episódio gira em torno de um banquete luxuoso que Morpheus organiza para avaliar quem seria digno de assumir o Inferno. As negociações, as alianças e as traições começam a se desenhar de forma sutil e brilhante. É impossível não se impressionar com a profundidade política e filosófica desse momento. Afinal, quem merece governar o sofrimento? Quem é confiável para deter tamanha responsabilidade?
A atuação de Tom Sturridge está impecável. Ele entrega um Morpheus mais maduro, mas ainda carregado de orgulho e indecisões. Também é fascinante ver como a série continua a mesclar mitologia, fantasia e dilemas humanos com tanta naturalidade.
Um Começo Digno de Neil Gaiman
A segunda temporada de Sandman já começou mostrando que veio para marcar época. Com episódios densos, visuais impactantes e um roteiro fiel ao espírito da obra original, a série continua sendo um presente para os fãs.
Os próximos episódios prometem ainda mais reviravoltas e reflexões existenciais. Se você ainda não começou a assistir, corra — porque esse início está simplesmente imperdível!