A autora britânica J.K. Rowling, mundialmente conhecida por criar a icônica série Harry Potter, compartilhou recentemente no X (antigo Twitter) uma série de reflexões profundas sobre liberdade de expressão, intolerância ideológica e violência. Suas declarações surgem em um momento de crescente polarização política, servindo como alerta sobre os riscos do autoritarismo e da radicalização.
J.K. Rowling é uma das escritoras mais influentes da literatura contemporânea, responsável pela saga Harry Potter, que conquistou leitores de todas as idades ao redor do mundo. Além de sua carreira literária, Rowling é conhecida por suas opiniões políticas e sociais, frequentemente compartilhadas em suas redes sociais. Ela também fundou o J.K. Rowling Women’s Fund, organização voltada ao apoio de mulheres diante de desafios relacionados a políticas de inclusão de gênero.
Em seu X, Rowling publicou um tweet impactante delineando quatro comportamentos antitéticos aos princípios liberais:
“Se você acredita que a liberdade de expressão é para você, mas não para seus oponentes políticos, você é antiliberal.
Se nenhuma evidência contrária puder mudar suas crenças, você é um fundamentalista.
Se você acredita que o Estado deve punir aqueles com opiniões contrárias, você é um totalitário.
Se você acredita que oponentes políticos devem ser punidos com violência ou morte, você é um terrorista.”
Em resposta a seguidores, Rowling explicou que não acredita em liberdade de expressão absoluta. Questionada sobre possíveis limites, ela afirmou:
“Minha linha pessoal provavelmente é Alex Jones e Sandy Hook. Ao mentir sobre o que aconteceu com aquelas crianças, ele incitou retaliação contra famílias em luto, exacerbando o trauma dos pais para benefício próprio. Considero isso indefensável.”
Com essa posição, Rowling demonstra que liberdade de expressão não significa impunidade, especialmente quando provoca violência ou sofrimento.
Além disso, Rowling discutiu com outros usuários sobre como lidar com a perda e violência. Em resposta a um seguidor que se disse abalado com a morte de um estranho cujas ideias discordava, Rowling escreveu:
“Você é um ser humano empático, que não precisa concordar com tudo que outra pessoa acreditava para sentir uma perda profunda quando sua vida é tirada por um ato de violência.”
Quando questionada sobre incluir figuras extremistas, como Hitler, em debates sobre limites da liberdade, Rowling apontou:
“Muitos que gritam ‘fascista’ contra adversários, na verdade, endossam os métodos dele. ‘O primeiro requisito essencial para o sucesso é o emprego constante e regular da violência.’ – Adolf Hitler, Mein Kampf.”
Com isso, Rowling reforça a necessidade de atenção às ações extremistas e à violência como instrumento de coerção política.
Para acompanhar mais reflexões de J.K. Rowling, siga-a no X (@jk_rowling).