Tudo Sobre Bubble

Tudo Sobre Bubble


Lançado pela Netflix, Bubble é um daqueles animes que dividem opiniões — e, ao mesmo tempo, encantam quem se deixa levar pela experiência estética. Dirigido por Tetsurō Araki (Attack on Titan, Death Note) e produzido pelo renomado Wit Studio, o filme mergulha o espectador em um mundo pós-apocalíptico, onde as leis da gravidade parecem ter sido suspensas… e, junto com elas, a lógica da própria realidade.

A história acompanha Hibiki, um jovem talentoso no parkour que vive em Tóquio após uma misteriosa chuva de bolhas alterar o planeta. Ao conhecer Uta, uma garota enigmática que surge entre as bolhas, ele descobre não apenas uma nova forma de ver o mundo, mas também o significado de se conectar — mesmo quando o destino insiste em separar.

A narrativa pode parecer simples, mas há uma profundidade simbólica no enredo: Bubble é uma metáfora sobre a fragilidade da vida, a efemeridade do amor e a beleza dos encontros breves. É como se cada salto de Hibiki representasse a luta humana entre cair e voar.

Se há algo inegável em Bubble, é o seu poder visual. O Wit Studio entrega uma das animações mais deslumbrantes já vistas em um longa de anime. Os movimentos de parkour são coreografados como uma dança aérea, e a forma como as bolhas interagem com o cenário cria um espetáculo de física, cor e emoção.

A trilha sonora composta por Hiroyuki Sawano — conhecido por sua capacidade de transformar cenas em épicos emocionais — eleva cada momento. O resultado é uma sinergia perfeita entre som e imagem, que faz Bubble parecer mais uma sinfonia animada do que apenas um filme.

Sim, Bubble tem seus deslizes. A trama às vezes se perde em simbolismos e deixa perguntas sem resposta. Há quem espere mais explicações ou um clímax mais contundente.
Mas essa é justamente a graça do filme: Bubble não quer explicar o mundo — quer fazer você senti-lo.

Se o impossível é só o começo, como o próprio anime parece sugerir, então Bubble é a prova de que até uma história silenciosa pode explodir em significados — basta saber escutar o som das bolhas.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem